domingo, 28 de setembro de 2008

Nada, em absoluto...

Nada que eu fale
Ainda que eu escute
Se me esforce em respirar
Não posso mais deixar
Nada, em absoluto.

Por mais que eu contemple
A natureza nossa e vossa
Uma inquietação toma conta de mim
Por tudo estar igual e não pode
Nada, em absoluto

Pesos e medidas
Tons e etiquetas
Medo de causar feridas
Ao querer me libertar
Das correntes que prendem
Nada, em absoluto

Chama que queimou
Queima
Quei.
Cinza virou.
E o que ficou?

Alguém querendo varrer o tapete,
Fulano que chutou com toda força,
Sicrano que acolheu com amor e dor
Beltrano que jogou no mar
Nada, em absoluto.



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