Nada que eu fale
Ainda que eu escute
Se me esforce em respirar
Não posso mais deixar
Nada, em absoluto.
Por mais que eu contemple
A natureza nossa e vossa
Uma inquietação toma conta de mim
Por tudo estar igual e não pode
Nada, em absoluto
Pesos e medidas
Tons e etiquetas
Medo de causar feridas
Ao querer me libertar
Das correntes que prendem
Nada, em absoluto
Chama que queimou
Queima
Quei.
Cinza virou.
E o que ficou?
Alguém querendo varrer o tapete,
Fulano que chutou com toda força,
Sicrano que acolheu com amor e dor
Beltrano que jogou no mar
Nada, em absoluto.
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