domingo, 26 de setembro de 2010

#Enquanto o coração bate, enquanto a cabeça lateja...

Como aceitar
Que o brilho dos meus olhos acabou
Que o Amor saiu a viajar
E não me disse se vai voltar

Como aceitar
Que minhas lágrimas rolarão sozinhas
Sem ninguem para enxugar
Que o que sobrou foi o opaco da dor?

Que vivo a caminhar
A me perder num fim de mundo
E mergulhar em mim
no rio opaco do meu opaco imundo

Que são as dores do peito
Saem? Não, entram!
Queimando sem pena
Transformando em cinza amena

Que agora se foi o colorido
Logo na chegada da Primavera!
E eu vivo a ludibriar a priminha:
"Vera, hoje não tem piscina nem festa!"

Que curte-se o Inverno prolongado
Minha cutis já não é de pêssego
Lágrimas fazem mal à pele
Depois de já terem arrasado a alma

E o pior, como entender?
Que é com você!
Que eu quero tudo
E não vejo nada?

domingo, 19 de setembro de 2010

Porque eu só posso olhar para céu...
Em seu vazio ocupado por azul, azul
Se em meio ao meu suspiro
Aquela estrela alcançar
Eu conto pra ela
Eu conto com ela
Mas não sei se ela sofreria por mim
Não precisa sofrer
Se o céu é o limite
Meus sonhos ficam ali....


segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Inefável

Palavras dispensáveis
Gestos, atitudes, ações
Essas inefáveis

Tua cara de pena, teu choro explosivo
Dispensáveis
Olhos se olham, mãos que se apertam
Essas inefáveis

A resposta chama-se Amor
Verdade, humildade, traduções de ardor
Indispensáveis
Dessas inefáveis

A Cruz respondeu
ao clamor do Amor
Mas, ninguém ouviu
à lagrima inefável
o grande ardor