terça-feira, 26 de agosto de 2008

A união de transgressões aflitos

Tem um grande peso
Que corrói meus nervos,
Os seus calos secos
Ainda me dão receio

Pouco me resta do passado que passou
O meu medo é descobrir
Que eu não passei por ele,
Mas ele por mim

Vejo listas, fotos, desenhos
rabiscos de risos, de lágrimas
Um sorriso em plena madrugada
Quantas e quantas noites acordada

Meu lado insano teima em voltar
Em transgredir regras,
Romper silêncios
O teu silêncio!

Ser ou não ser insana?
Acho que vou ser transgressora... =)

domingo, 17 de agosto de 2008

Saber de você...

Te dou toda a minha dedicação
Te faço tantos apelos
Mas lá vem aquela velha história, sem jeito
Tua resposta me deixa sem ação

Sou capaz de mover terras e mares
Para te ver feliz,
Para entender o teu sinal no nariz
Mesmo quando o céu está gris

Entro, afoita, desamparada
Parece que me tiraram todas as armas
Não sei como olhar para tudo isso
Nem espero mais pelo ser omisso

Eu quero enlouquecer
Fazer coisas que jamais fiz
Encontrar velhos amigos
Ou amigos velhos

É, amigos que sejam como o vinho
Que possam me dar água para beber
Quando a sede por palavras me consumir
Quando da falta de consolo sucumbir

Inventar a volta ao passado
Será que tudo podia ser diferente?
Será que o destino continuaria implacável?
Se ao comando da minha voz, eu pedisse um cigarro?

Me embriagar nas veredas da intensidade
Da falta de sono, do excesso de coragem
Transgredir conceitos, iluminar idéias
Dizer que você me magoou

Mas eu queria tanto que você estivesse aqui
Vontade de criança mimada, abandonada
Tendo noticias longes, vindas lá do exterior
Querendo saber como vai o seu interior

Ainda está um caos?
Quando você vem me visitar?
Já tomou seu remédio?
Sua mãe já foi ao terapeuta?

Me dê noticias
Estou ansiando por saber
Sobre sua história de vida,
Sobre o seu meio, pois sei de teu passado e não quero conhecer teu futuro

Como conjugas os verbos?
É meu, é seu, nosso ou vosso?
Dor, Dor de pranto que parte
Mas a minha devoção não arrebenta nem a metade...

sábado, 16 de agosto de 2008

É só uma menina
Sorriso estampado na face
Sonhos escondidos nos rabiscos
De seu livro preferido

É só uma menina
Com crises de risos nervosos
Mãos frias e suadas
Ao escutar a tão voz esperada

É só uma menina
Exasperada, transpassada
Que eleva a voz
Quando querem humilhar os seus

É só uma menina
Que chora de saudade do que foi seu
Que só foi apenas seu
Quando ela queria que fosse nosso

É só uma menina
Que gosta de fotos,
com pessoas, gatos, passáros
De toda natureza viva
De toda natureza morta

É só uma menina
Que fica feliz a cada dia
Ela sabe que já errou muito
Acertou bastante
Duvidou várias vezes
Não escutou 50 vezes
Fez 2 vezes pra pensar uma vez
Pensou 3 vezes para não fazer nenhuma

E por que ela está feliz?
É porque nestas indas e vindas da vida
Ela sabe que está melhor do que ontem
E que amanhã... (ah, essa parte ela não conta, não!)

Ela luta para não existir. Ela simplesmente quer desesperamente viver...