domingo, 17 de agosto de 2008

Saber de você...

Te dou toda a minha dedicação
Te faço tantos apelos
Mas lá vem aquela velha história, sem jeito
Tua resposta me deixa sem ação

Sou capaz de mover terras e mares
Para te ver feliz,
Para entender o teu sinal no nariz
Mesmo quando o céu está gris

Entro, afoita, desamparada
Parece que me tiraram todas as armas
Não sei como olhar para tudo isso
Nem espero mais pelo ser omisso

Eu quero enlouquecer
Fazer coisas que jamais fiz
Encontrar velhos amigos
Ou amigos velhos

É, amigos que sejam como o vinho
Que possam me dar água para beber
Quando a sede por palavras me consumir
Quando da falta de consolo sucumbir

Inventar a volta ao passado
Será que tudo podia ser diferente?
Será que o destino continuaria implacável?
Se ao comando da minha voz, eu pedisse um cigarro?

Me embriagar nas veredas da intensidade
Da falta de sono, do excesso de coragem
Transgredir conceitos, iluminar idéias
Dizer que você me magoou

Mas eu queria tanto que você estivesse aqui
Vontade de criança mimada, abandonada
Tendo noticias longes, vindas lá do exterior
Querendo saber como vai o seu interior

Ainda está um caos?
Quando você vem me visitar?
Já tomou seu remédio?
Sua mãe já foi ao terapeuta?

Me dê noticias
Estou ansiando por saber
Sobre sua história de vida,
Sobre o seu meio, pois sei de teu passado e não quero conhecer teu futuro

Como conjugas os verbos?
É meu, é seu, nosso ou vosso?
Dor, Dor de pranto que parte
Mas a minha devoção não arrebenta nem a metade...

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