Como aceitar
Que o brilho dos meus olhos acabou
Que o Amor saiu a viajar
E não me disse se vai voltar
Como aceitar
Que minhas lágrimas rolarão sozinhas
Sem ninguem para enxugar
Que o que sobrou foi o opaco da dor?
Que vivo a caminhar
A me perder num fim de mundo
E mergulhar em mim
no rio opaco do meu opaco imundo
Que são as dores do peito
Saem? Não, entram!
Queimando sem pena
Transformando em cinza amena
Que agora se foi o colorido
Logo na chegada da Primavera!
E eu vivo a ludibriar a priminha:
"Vera, hoje não tem piscina nem festa!"
Que curte-se o Inverno prolongado
Minha cutis já não é de pêssego
Lágrimas fazem mal à pele
Depois de já terem arrasado a alma
E o pior, como entender?
Que é com você!
Que eu quero tudo
E não vejo nada?
Às vezes as estações se confundem dentro de nós, existem épocas que constantemente estamos com nuvem espessa de tempestade, mas que não chega a cair nem uma gota de água, mas sofremos temendo que caísse a água do universo todo e desmoronasse tudo que construímos, em outros momentos estamos num dia ensolarado e de repente cai uma chuva tão forte que nos encharca todo, pois não esperávamos que fosse acontecer aquilo.
ResponderExcluirO sol vai voltar a brilhar e as flores vão voltar a aparecer, eu espero muito que isso aconteça.
Excelente texto.
XerãO!
Só posso expressar:
ResponderExcluirMuito Obrigada!
Cheiros
;*)