quarta-feira, 12 de maio de 2010

(...)

12/05/10
Que posso dizer se sou (só) silêncios?
Minha máquina de pensamentos nunca regulou muito bem. A de sentimentos, menos ainda. Já cheguei aos braços de minha mãe com prazo de validade expirando e sem certificado de garantia válido.
Não foi nenhum problema para ela, recaíram todas as consequencias sobre mim e os meus.
"Um produto sem utilidade", muitos pensaram.
"Bonitinho, mas inseguro e nada prático. Não tens ao menos garantia! Não posso me arriscar por tão pouco", alguns concluíram.
Uns poucos encantaram-se com minha natureza (quase) morta.
Pisei em terras áridas, contemplei os seus frutos e pequenas flores.
Mas minha validade expirava...
Desfaleci.
Virei uma figura vencida, sem a tal da válida garantia.
Bem que o espelho zombou de mim, mostrando uma imagem velha, cansada, cinza, apagada. Pilheriou-me com um "És tu!".
Restaram-me apenas os ruídos mudos, a impotência de movimentos para responder ao grito.
Perdão. Se eu soubesse todas as respostas de que preciso e tivesse como coloca-las para fora, eu não seria (só) silêncios... (até a mega-sena minha seria!)

E o céu, ainda insistirá em nascer sobre terra tão árida?



* Por onde entrei deve haver uma saída/ Mas tudo fica sustentado pela fé/Na verdade ninguém sabe o que é #TM

 

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