sexta-feira, 18 de setembro de 2009

11:30hs!
Retirou-se rapidamente da sala. Não queria continuar aquela discussão, por mais calorosa que estivesse. Correu até a portão da saída, com medo de encontrar algo novo, já que ela já havia sentenciado que nada mudaria. Ouviu seu nome. Estremeceu. Pensou meio segundo. Virou-se:
- Oi!
- Você queria falar comigo?
Sim. Há muito ansiava falar tantas coisas. Mas a pergunta não tinha razão alguma! Tudo estava estampado na mensagem. Tudo! O que era necessário dizer ainda? Ou melhor, havia alguma palavra a ser dita a essa altura? Não, a pergunta era a resposta.
- Bem, eu, eh...Nada, nada demais. Você leu a mensagem? Tem tudo lá. Tenho que ir agora.
"Você leu a mensagem? Tem tudo lá. Tenho que ir agora." foi dito enquanto a velocidade dos passos era aumentada. O portão parecia tão longe, mais distante do que nunca.
Queria saber sua cara naquele momento, mas a coragem reservada havia se esvaido naquela pergunta da resposta.
Atravessou a rua. Já não sabia o que pensar, nem julgar se suas atitudes nesse dia tinham sido as melhores. De uma coisa, tinha total certeza: falou o que pensava. Ora, ouvir alguém dizer que quer que seu casamento tenha a maior popa e circunstância era demais para seu coração sonhador. Não conseguia entender como uma única noite podia importar mais do que um provável resto de vida. "Eu quero popa e cirscunstância no dia seguinte ao casamento. Humpf!"
Nem sinal de onibus. Ela estava sozinha na parada....

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